O Lugar da Infância

O meu filho vai para o 1º ciclo, e agora?

A forma como culturalmente pensamos esta transição, associando-a ao fim da brincadeira e ao início da “escola a sério” – transição do tempo lúdico para uma cultura de trabalho – acaba também por constituir fonte de algum stress parental, interferindo na forma como a criança a percepciona e sente a dimensão das expectativas relativamente ao seu desempenho.

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“Isso não é para brincar!”

O problema está naquilo que fazemos com os sinais que as crianças nos oferecem, nas vezes em que fingimos não ouvir ou ignoramos o apelo e, sobretudo, nas vezes em que esquecemos o cerne da questão e deixamos que nos saia da boca a frase fácil: “Isso não é para brincar.” E eu, que provavelmente ouvi esta frase a vida inteira, sem lhe dar a devida atenção, tenho agora o privilégio de aprender com quem faz do brincar motivo de vida e com isso percebo, que a ouço vezes demais.

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O Lugar da Infância

Do elogio ao encorajamento. Descobre as diferenças.

O elogio sabe bem, mas o encorajamento consegue ir muito além dele e constitui uma ferramenta fundamental ao nível do desenvolvimento socioafetivo, com impacto significativo na auto estima da criança. Pensar na forma como comunicamos o valor que sentimos nos nossos filhos, procurando estimular a ligação emocional e o desenvolvimento de um sentido de capacidade e empoderamento a cada passo dado, pode significar-lhes a diferença no enfrentar dos diferentes desafios de vida e na autonomia e confiança necessário para os superar. Ora vejamos porquê…

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Aprender pelo espanto, ou o espanto de aprender.

Há, nas crianças, uma predisposição natural para a observação atenta do que as rodeia, numa atitude de enorme respeito pelo mistério e pela beleza das coisas de todos os dias. A décima descida no escorrega nunca é igual à anterior.
Há, nos adultos, uma pretensão aprendida de quem já sabe muito e por isso acha, que o muito que sabe, é suficiente para não ter que insistir num segundo olhar: Quem já viu um pôr do sol já viu todos. Quem já correu à chuva não precisa de se molhar outra vez.
E depois há a vida que acontece, com eles a espantarem-se a cada passo dado e connosco a seguir caminho, quase cegos.

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“Miúdos, pra a rua já!” – Ideias para proteger a criatividade e a liberdade na infância.

Uma das perguntas que invariavelmente faço aos pais com quem trabalho é a seguinte:
Qual é a recordação mais feliz da vossa infância?
O propósito da pergunta (para além do convite a uma viagem no tempo), cumpre-se na riqueza das respostas: “Ahhh, eu lembro-me dos verões em casa dos meus avós. De passar o dia metido em sarilhos com os meus primos mais velhos…” ou, “E o que eu gostava de subir à árvores e correr atrás das galinhas!” ou ainda “Morávamos ao pé da praia e eu ficava horas a construir castelos de terra molhada e a escavar fossos gigantes à volta capazes de resistir à onda seguinte!” e às vezes um delicioso, “Lembro-me sobretudo da liberdade para ser criança…”

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Eu, Rita.

Sou psicóloga e formadora com especialidade na área da saúde e da educação e trabalho como psicóloga escolar desde 2006, atividade que muito me preenche e me faz acordar todas as manhãs cheia de energia e vontade de continuar a aprender.

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