Tornarmo-nos pais

Mum is not the boss.

Às vezes não oiço o que sinto.

E tenho de isolar as vozes que me ecoam na cabeça, para as identificar e lhes tirar todas as manhas. Depois, preciso de tempo para me reencontrar no meio da multidão e escutar-me, com a atenção que me é merecida.

Acredito cada vez mais, que esta mania de não nos ouvirmos é aprendida na infância e que as vozes que nos ecoam vezes demais e nos atrapalham o sentir, são as vozes dos adultos com que nos cruzámos ao longo do nosso crescimento.

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O Lugar da Infância

“Isso não é para brincar!”

O problema está naquilo que fazemos com os sinais que as crianças nos oferecem, nas vezes em que fingimos não ouvir ou ignoramos o apelo e, sobretudo, nas vezes em que esquecemos o cerne da questão e deixamos que nos saia da boca a frase fácil: “Isso não é para brincar.” E eu, que provavelmente ouvi esta frase a vida inteira, sem lhe dar a devida atenção, tenho agora o privilégio de aprender com quem faz do brincar motivo de vida e com isso percebo, que a ouço vezes demais.

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O Lugar da Infância

Do elogio ao encorajamento. Descobre as diferenças.

O elogio sabe bem, mas o encorajamento consegue ir muito além dele e constitui uma ferramenta fundamental ao nível do desenvolvimento socioafetivo, com impacto significativo na auto estima da criança. Pensar na forma como comunicamos o valor que sentimos nos nossos filhos, procurando estimular a ligação emocional e o desenvolvimento de um sentido de capacidade e empoderamento a cada passo dado, pode significar-lhes a diferença no enfrentar dos diferentes desafios de vida e na autonomia e confiança necessário para os superar. Ora vejamos porquê…

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A vida por cá

Pela liberdade que te devo…

De todas as tuas fotografias, esta é uma das minhas preferidas.
Quando te ouço nela, ouço liberdade, serenidade e alegria sem fim, ouço vontade de abraçar o mundo e confiança em quem és e em tudo o que serás ainda capaz de ser. E vejo-te enorme por dentro, bem maior do que a idade que tens, o que me faz alimentar o sonho de que assim te mantenhas, por muito que ainda tenhas de crescer.

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Tornarmo-nos pais

Vai uma palmadinha?

Quando batemos numa criança estamos a pôr em causa a ligação de segurança que tem connosco, a colocá-la numa situação de ameaça e de ambivalência emocional: a pessoa que a protege e cuida é a mesma pessoa que a faz sentir em perigo. E isto, acreditem, é extremamente desorganizador.

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Tornarmo-nos pais

Como ajudar os filhos a desenvolver a inteligência emocional?

Mesmo que não consigamos proteger os nossos filhos de tudo (nem isso lhes seria benéfico), mesmo que os nossos sonhos não se cumpram nos seus (porque assim não é para ser) e mesmo que muitas vezes não tenhamos as respostas prontas e ideais para todas as situações (porque elas são uma construção e aprendizagem constante), podemos efetivamente contar com aquilo que a ciência já nos ensinou acerca do desenvolvimento infantil, do nosso papel enquanto educadores e das premissas que lhes são suporte ao desenvolvimento emocional.

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O Lugar da Infância

Aprender pelo espanto, ou o espanto de aprender.

Há, nas crianças, uma predisposição natural para a observação atenta do que as rodeia, numa atitude de enorme respeito pelo mistério e pela beleza das coisas de todos os dias. A décima descida no escorrega nunca é igual à anterior.
Há, nos adultos, uma pretensão aprendida de quem já sabe muito e por isso acha, que o muito que sabe, é suficiente para não ter que insistir num segundo olhar: Quem já viu um pôr do sol já viu todos. Quem já correu à chuva não precisa de se molhar outra vez.
E depois há a vida que acontece, com eles a espantarem-se a cada passo dado e connosco a seguir caminho, quase cegos.

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A vida por cá

“Que raio de mãe és tu?”

Fomos dar um passeio à zona ribeirinha.
Ao chegarmos, a maré baixa convidou-nos a descer as escadas e a sentarmo-nos numa pedra junto à água. Apanhámos búzios, vimos caranguejos e percebemos que havia zonas de lodo e zonas mais secas por onde poderíamos facilmente andar. O Manel continuou a explorar, encantado com a vida a fervilhar na ria, no lodo, nas algas deixadas pela última preia mar.

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O Lugar da Infância

“Miúdos, pra a rua já!” – Ideias para proteger a criatividade e a liberdade na infância.

Uma das perguntas que invariavelmente faço aos pais com quem trabalho é a seguinte:
Qual é a recordação mais feliz da vossa infância?
O propósito da pergunta (para além do convite a uma viagem no tempo), cumpre-se na riqueza das respostas: “Ahhh, eu lembro-me dos verões em casa dos meus avós. De passar o dia metido em sarilhos com os meus primos mais velhos…” ou, “E o que eu gostava de subir à árvores e correr atrás das galinhas!” ou ainda “Morávamos ao pé da praia e eu ficava horas a construir castelos de terra molhada e a escavar fossos gigantes à volta capazes de resistir à onda seguinte!” e às vezes um delicioso, “Lembro-me sobretudo da liberdade para ser criança…”

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O Lugar da Infância

Infância à prova de vírus

Acho que não há vírus pior do que o medo.
Medo que higieniza, do chão ao corpo, medo que afasta, que isola, que suprime, que aterroriza… É disto que muitos padecem. Às vezes, o vírus do medo também aparece para disfarçar a falta de amor ou a falta de vontade, ou a falta de sentir e é aí que a coisa se torna um verdadeiro problema: quando o medo passa legitimar as coisas feias que já nos apeteciam e faz com que todos as aceitem como se assim tivessem de ser.

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Eu, Rita.

Sou psicóloga e formadora com especialidade na área da saúde e da educação e trabalho como psicóloga escolar desde 2006, atividade que muito me preenche e me faz acordar todas as manhãs cheia de energia e vontade de continuar a aprender.

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